Dólar acaba de ter reação INESPERADA: por que os brasileiros estão tristes?

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As opiniões dos especialistas do mercado financeiro estão tão divergentes quanto os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em relação à redução das taxas de juros em agosto, algo que foi indicado pela maioria dos participantes do colegiado.

De acordo com o questionário pré-Copom, que questiona as projeções e recomendações dos analistas antes de cada reunião, 58% dos economistas privados previam um corte de juros já na reunião de agosto. Enquanto isso, um grupo de 42% acreditava que tal corte seria adiado.

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No entanto, a situação se torna ainda mais fragmentada quando se trata de determinar o momento em que os juros deveriam efetivamente diminuir. Em outras palavras, trata-se das recomendações dos economistas privados. Metade dos analistas acredita que o Copom deveria manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano em agosto.

Apenas havia um consenso para a redução das taxas de juros a partir de setembro, com apenas 16% dos analistas econômicos recomendando a manutenção da taxa básica nos níveis atuais.

Muitos analistas econômicos tendem a encarar as recomendações feitas no questionário do Copom com cautela. Apesar de o questionário solicitar opiniões e não previsões, na prática ambos se misturam. Além disso, não se conhece exatamente a motivação por trás de cada recomendação: se representa o que o participante realmente acredita ser o melhor para o país ou se é o que eles consideram mais benéfico para suas próprias posições no mercado financeiro.

De qualquer forma, os resultados da pesquisa revelam que o Copom, ao sinalizar uma redução nas taxas de juros em agosto, está alinhado com o lado mais “dovish” do mercado financeiro, ou seja, com aqueles que enxergam um cenário mais favorável para a diminuição dos juros. No entanto, há um grupo significativo do outro lado. O próprio comitê estava dividido em relação à mensagem a ser transmitida, com uma maioria conservadora defendendo um sinal para agosto e uma minoria mais cautelosa que preferia esperar mais.

O questionário pré-Copom revela algumas informações positivas, como a percepção dos analistas de que os riscos para a inflação em 2024 são majoritariamente baixos.

No entanto, também há notícias negativas. Uma delas é que a estimativa para a inflação subjacente de serviços, que é mais sensível a juros altos, continua elevada, chegando a 4,9% para 2024. Houve apenas uma leve diminuição, uma vez que estava em 5,1% em março e 5% em maio. A meta estabelecida é de 3%.

Outra notícia negativa é que o mercado está enxergando um grau de ociosidade na economia menor do que anteriormente estimado. O mercado sempre foi mais cauteloso do que o Banco Central em suas estimativas de ociosidade, mas o grau de ceticismo aumentou.

Com base nas projeções anteriores, a ociosidade era estimada em 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano. Anteriormente, essa estimativa era de 0,8%. Acredita-se que a economia operou 0,2% acima do seu potencial no primeiro trimestre.

Outro fato desfavorável é que a taxa neutra de juros estimada aumentou mais uma vez, de 4,5% para 4,8%. Pelo menos 25% dos analistas projetam uma taxa de 5%. O próprio Banco Central revisou sua estimativa para a taxa neutra, aumentando de 4% para 4,5%, mas ainda está “atrasado” em relação às estimativas do mercado.

Por fim, uma boa notícia é que o mercado revisou ligeiramente sua estimativa para o PIB potencial, ou seja, a taxa de crescimento econômico sem pressionar a inflação. No curto prazo, a estimativa passou de 1,5% para 1,6%; em dois anos, de 1,6% para 1,8%; e em cinco anos, de 1,8% para 1,9%.

Não está claro o motivo dessa revisão. As projeções para o PIB potencial costumam ser muito sensíveis ao desempenho da atividade econômica atual, que tem sido favorável. Alguns analistas afirmam que as reformas implementadas desde o governo Temer podem ter ampliado a velocidade de crescimento da economia brasileira.

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