Fuja de GOLPISTAS que oferecem EMPRÉSTIMO no Instagram

De acordo com a nota emitida pela SSP, a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) será encarregada de investigar minuciosamente os incidentes com o propósito de descobrir a autoria dos atos.

Uma série de golpes envolvendo agiotagem está sendo identificada no Instagram. Agiotas estão usando a rede social para promover seus serviços. Eles usam fotos de viagens, carros de luxo, maços de dinheiro e momentos em família para atrair clientes. Eles também postam propagandas que prometem empréstimos rápidos e fáceis. Alguns deles até têm milhares de seguidores. A seguir, você vai entender melhor como esses golpes são realizados e como evitá-los.

Imagem: Divulgação/Pexels

Perfís dos golpistas

Os indivíduos por trás dos golpes no Instagram dedicam-se minuciosamente à criação de perfis que aparentam ser confiáveis e profissionais. Eles utilizam nomes como “Agiota Sabrina”, “Agiota Marcos” ou “Agiota João Pedro” para se passarem por figuras reais envolvidas no setor de empréstimos. Com o intuito de transmitir credibilidade, compartilham imagens cuidadosamente produzidas, frequentemente contendo crianças. Além disso, inundam suas páginas com inúmeras propagandas que promovem seu “negócio”, exibindo prints de supostas transferências bancárias e até mesmo vídeos de supostos “clientes” agradecendo pelos serviços.

Esses perfis conseguem adquirir milhares de seguidores e fazem promessas tentadoras de um processo de empréstimo rápido, sem consulta ao Serasa, sem burocracia e com os juros mais baixos do mercado. No entanto, é crucial não se deixar enganar por essa fachada convincente. Esses perfis não pertencem a agiotas legítimos, mas a golpistas que visam enganar pessoas necessitadas de crédito e que não têm acesso aos canais formais, como os bancos. Fica o alerta para não cair em armadilhas desse tipo.

Métodos usados pelos golpistas

Os golpistas usam uma variedade de táticas para convencer suas vítimas a fechar negócios. Aqui estão algumas das táticas mais comuns:

  • Passar por outra pessoa: Os golpistas usam fotos de pessoas comuns para se passarem por agiotas legítimos. Eles podem usar fotos de empresários, dentistas e até mesmo figuras públicas para criar uma identidade falsa e enganar suas vítimas.
  • Compartilhar prints de transferências bancárias: Para ganhar a confiança das vítimas, os golpistas compartilham prints de transferências bancárias como exemplo de trabalhos concluídos. A ideia do uso dessas imagens é mostrar que eles são capazes de realizar empréstimos e entregar o dinheiro prometido.
  • Compartilhar fotos com família: Outra tática muito usada é compartilhar fotos do dia-a-dia, geralmente junto de familiares. O objetivo aqui é passar uma imagem de seriedade e confiabilidade.
  • Publicar vídeos de supostos “clientes”: Os golpistas também publicam vídeos de supostos “clientes” agradecendo pelos serviços prestados. Esses vídeos tem o intuito de convencer as vítimas que o negócio é legítimo e que outras pessoas já o utilizaram e foram beneficiadas por ele.
  • Publicar propagandas: Os perfis dos golpistas são repletos de banners com propagandas para o negócio de empréstimos. Frases como “dinheiro sem sair de casa” e “ganhe 10 mil em até 30 minutos” são utilizadas para atrair a atenção das vítimas.
  • Associar-se a figuras públicas: Alguns golpistas chegam ao ponto de se associar a figuras públicas para ganhar credibilidade. As publicações mostram essas pessoas ao lado de políticos, apresentadores de TV e outras figuras conhecidas com o intuito de convencer as vítimas de que eles são confiáveis.

Como funciona o golpe?

Os golpistas estão utilizando o WhatsApp como seu principal canal de comunicação para se aproximar das vítimas. Uma vez iniciado o contato, eles seguem uma estratégia semelhante em todos os perfis, e aqui está como o golpe funciona:

  1. O golpista pergunta sobre o valor do empréstimo desejado e apresenta uma tabela com diversas opções disponíveis.
  2. Em seguida, ele informa que, antes de concretizar o negócio, é necessário efetuar um pagamento referente a um “seguro”.
  3. O valor desse suposto seguro varia de acordo com o montante solicitado pelo cliente, podendo alcançar até R$ 400.
  4. O golpista condiciona a liberação do empréstimo ao prévio pagamento desse seguro.
  5. Adicionalmente, ele solicita informações pessoais, como fotos do RG, endereço de e-mail, chave Pix e até mesmo comprovantes de residência.
  6. Porém, o golpista não fornece nenhum contrato formal, representando um grave risco para as vítimas.
  7. Após receber o pagamento do seguro, o golpista bloqueia a vítima e desaparece, deixando-a sem o dinheiro requisitado e sem qualquer garantia de reembolso.

É fundamental ressaltar que a agiotagem é considerada crime no Brasil, com risco de condenação a penas de dois a oito anos de reclusão, além de multa. Além disso, o estelionato também é uma conduta ilícita prevista no Código Penal, acarretando pena de um a cinco anos de reclusão e aplicação de multa. É crucial estar atento a tais práticas fraudulentas e denunciá-las às autoridades competentes para evitar danos e proteger os demais cidadãos.

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