Dólar abaixo de R$ 4 é POSSÍVEL? Futuro da moeda pode ser SOMBRIO

Desde o início do mês de maio que o dólar está abaixo dos R$5,00. Apesar disso, especialistas afirmam que é bem improvável que esse valor caia para abaixo dos R$4,00. Mesmo assim, é notável a queda da cota e a valorização do real em relação ao dólar desde o início do ano. No início, o dólar estava cotado a R$5,36. Porém, esse valor já caiu 10%, chegando a cota de R$4,767, o menor valor em mais de um ano e queda de 9,72% desde o começo de 2023.

Por conta dessa queda, o real ficou entre as 10 moedas mais valorizadas em relação ao dólar do mundo desde o começo de 2023. Essa análise foi realizada pela Austin Rating, que avaliou 120 moedas de todo o mundo. Graças a isso, levando em consideração o valor fechado desde o dia 19 de junho, o real ficou em sétimo lugar nesse ranking.

Teremos uma nova queda?

Apesar do saldo positivo, é improvável que o dólar caia para um valor abaixo dos R$4,00. Ao mesmo tempo, não há previsões para que ele fica acima de R$5,00 também. Sendo assim, o valor do dólar deve permanecer entre R$4,30 e R$5,00 até o fim do ano. Em contrapartida, em 2024, existe a possibilidade do valor subir e chegar a até R$6,00.

Alguns especialistas possuem opiniões divergentes, porém semelhantes, quanto a esse caso. Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, acredita que o dólar não deve cair para abaixo dos R$4,50, e que deve chegar a R$5,00 no final de 2023 e a R$5,15 no final de 2024. Já o banco americano Goldman Sachs acredita que o valor deve ficar em torno de R$4,30. Por outro lado, especialistas consultados pelo boletim Focus, do Banco Central, estipulam que o dólar chegue a R$5,00 no final do ano, e a R$5,10 em 2024. O C6 Bank acredita que o valor vai chegar a R$6,00 no ano que vem.

O que pode impedir o dólar de cair?

Segundo os especialistas mencionados, existe alguns fatores que podem ajudar o dólar a se manter na cota atual, e não cair para abaixo de R$4,00.

Segundo Gala, a inflação acumulada é um dos fatores que impedem essa queda. Ele acredita que, se não fosse pela inflação, o dólar atualmente seria cotado da mesma forma que era em 2012, quando a cotação era de R$2,00.

Ao longo da história, a inflação brasileira sempre foi reconhecida por ser mais alta do que a dos Estados Unidos. No entanto, uma inversão dessa tendência aconteceu esse ano. Segundo os últimos dados de maio, a inflação americana atingiu 4% nos últimos 12 meses, enquanto a brasileira ficou ligeiramente abaixo desse índice, marcando 3,94% para o mesmo período. Se a inflação americana permanecer estável nesse patamar, igualando-se ao índice brasileiro – cenário considerado o mais provável -, é possível que haja uma desaceleração na queda do dólar.

O estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, também acredita que as questões políticas também influenciam nesse aspecto. Por exemplo, em relação às dúvidas de como seria o governo Lula por parte da economia exterior.

O câmbio também é um reflexo da saúde financeira do país, e o gasto público e as reformas estão entre os fatores que o influenciam. Quando o governo aumenta os seus gastos, a inflação pode ser afetada, o que pode gerar incertezas para os investidores. Consequentemente, o dólar tende a subir de valor em relação ao real. Além disso, se as reformas não são igualmente eficientes como esperavam os mercados, o real pode se desvalorizar. Por isso, é importante manter uma gestão financeira saudável e eficiente para promover um câmbio equilibrado e mais estável.

São vários fatores que influenciam nesse processo, então é uma discussão que ainda vai durar bastante tempo.

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