CRIADORES abrem LUTA contra a Inteligência Artificial: haverá COBRANÇA!

Um grupo de mais de 8.000 autores de livros, poemas e artigos estão processando os gigantes da tecnologia por usar seus trabalhos sem permissão para alimentar modelos de inteligência artificial (IA).

Uma carta aberta, assinada por mais de 8.000 escritores e personalidades literárias, como Margaret Atwood e James Patterson, foi divulgada com veemente demanda por compensação financeira das empresas que utilizam suas obras para treinar modelos de Inteligência Artificial sem o devido consentimento dos autores.

Imagem: Divulgação/Pexels

Escritores x Inteligência Artificial

Uma carta endereçada aos CEOs da OpenAI, Alphabet (Google), Meta (Facebook), Stability AI, IBM e Microsoft, assinada por mais de 8.000 escritores e figuras literárias proeminentes, como Margaret Atwood e James Patterson, expõe uma séria preocupação em relação ao uso de suas obras para treinar sistemas de inteligência artificial generativa, sem o conhecimento prévio ou autorização dos autores.

De acordo com a carta, a incorporação não autorizada de seus trabalhos em sistemas de IA ameaça prejudicar sua profissão, inundando o mercado com livros e conteúdos de qualidade duvidosa, escritos por máquinas, baseados nas obras originais dos autores.

Os autores têm enfrentado desafios financeiros, com uma queda de 40% em seus ganhos ao longo da última década. A renda média dos escritores em tempo integral, conforme relatório do Writers Guild, foi de apenas US$ 23.330 em 2022, o que ressalta a dificuldade financeira que muitos escritores enfrentam em sua carreira.

Os escritores acreditam que a tecnologia de IA ampliará ainda mais as dificuldades econômicas para a categoria, tornando o sustento através da escrita ainda mais desafiador. Assim, os signatários da carta, incluindo figuras proeminentes como Dan Brown, autor de “O Código Da Vinci”, e Suzanne Collins, autora de “Jogos Vorazes”, buscam ações concretas por parte das empresas de IA para mitigar os danos causados à sua profissão.

Eles requerem que as empresas de IA ofereçam compensação pelos usos passados e futuros de suas obras, como forma de proteger seus direitos autorais e garantir um ambiente mais equitativo e sustentável para os escritores diante das novas tecnologias.

As IAs realmente usam dados dos autores?

Os sistemas de IA são treinados em grandes quantidades de dados, a maioria dos quais é texto extraído da Internet. As empresas que desenvolvem esses sistemas precisam tomar cuidado para usar esses dados de forma legítima e respeitar os direitos dos criadores.

Algumas empresas, como a OpenAI, já divulgaram informações sobre como seus sistemas de IA são treinados. A OpenAI afirmou que o ChatGPT é treinado em “conteúdo público e licenciado e dados gerados por treinadores e usuários de IA”. A empresa também afirmou que respeita os direitos dos criadores e autores.

No entanto, outros desenvolvedores de sistemas de IA não foram tão transparentes sobre como seus sistemas são treinados. Isso levou a preocupações de que alguns desses sistemas possam estar usando dados de forma ilegal ou violando os direitos autorais.

Em 2023, a OpenAI foi processada por Sarah Silverman, que acusou a empresa de usar seu livro de memórias The Bedwetter sem autorização. O processo está em andamento.

O conflito entre autores e empresas de IA é um lembrete de que as leis e regulamentos existentes precisam ser atualizados para acompanhar o desenvolvimento da IA. É importante que as empresas que desenvolvem esses sistemas respeitem os direitos dos criadores e autores.

Em última análise, é uma questão de como a sociedade valoriza e protege a criatividade na era da IA. Esperemos que o atual conflito sirva de impulso para que novos padrões sejam criados, e que práticas sejam feitas para garantir que os autores sejam remunerados de forma justa, enquanto as IA consiga prosseguir com seu desenvolvimento.

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