Decisão CRUCIAL! Novas metas de inflação serão definidas HOJE (01): vai cair ou subir? Entenda como isso pode afetar o seu bolso
Uma reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) está sendo realizado nesta quinta-feira (29) para definir a meta de inflação de 2026 e se haverá alguma mudança em relação ao modelo de meta contínua de inflação. Uma das razões para que essa reunião está sendo realizada são as críticas do governo federal ao Banco Central (BC) por conta da manutenção da Selic em 13,75% ao ano.
O colegiado é composto pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), juntamente com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
“Eu tenho defenfido publicamente a questão da meta contínua e nós vamos discutir amanhã na reunião”, afirmou Haddad em uma declaração a jornalistas realizada na noite de quarta-feira (28). Segundo o ministro, a mudança para a meta contínua é um “aperfeiçoamento desejável”.
Do que se trata essa reunião?
As reuniões do CMN ocorrem mensalmente, sendo acompanhandas de perto pelo mercado financeiro. É algo rotineiro para os envolvidos. Porém, o caso específico dessa reunião de quinta-feira é tratado como algo maior, por conta do assunto que será discutido.
Fora a questão da inflação para o ano de 2026, também precisa ser discutido a forte queda de braço entre governo federal e Banco Central por conta da revisão para cima das metas de 2024 e 2025, ambas de 3% com parte de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está a favor de implementar uma mudança para agilizar a redução das taxas de juros, visando estimular as atividades econômicas.
Por outro lado, o líder da instituição monetária argumenta que qualquer modificação nas metas poderia gerar desconfiança no mercado em relação à habilidade do Banco Central em controlar a inflação, podendo resultar em efeitos contrários, com a necessidade de aumentar ainda mais as taxas de juros.
Ao ser questionado sobre essa questão, Haddad respondeu: “Pela pauta do CMN, nós estamos discutindo a meta de 2026. É disso que nós estamos tratando amanhã e de outras questões como essa, se é o caso ou não de tomar essa decisão sobre padronizar em relação ao resto do mundo o programa de metas de inflação.”
Sobre a metodologia
O Conselho Monetário Nacional está considerando uma proposta de alteração no horizonte das metas de inflação. Atualmente, essas metas são definidas com base no ano-calendário, o que significa que o Banco Central deve buscar atingir uma meta específica de inflação até o final de cada ano.
No entanto, o governo federal propõe a adoção de um modelo contínuo, já utilizado por outros países, com um índice de cumprimento da meta de inflação mais flexível e prolongado, abrangendo um período de 12 a 18 meses no futuro.
Essa proposta visa trazer maior flexibilidade e adaptabilidade às metas de inflação, permitindo que o Banco Central tenha um prazo mais estendido para tomar as medidas necessárias para controlar a inflação. Ao adotar um prazo de 12 a 18 meses, as autoridades monetárias podem tomar decisões de política monetária de forma mais gradual e cautelosa, levando em consideração as condições econômicas em um período mais amplo.
Essa abordagem também está alinhada com práticas adotadas internacionalmente, proporcionando maior estabilidade e previsibilidade para os agentes econômicos. No entanto, é importante considerar que a proposta ainda está em discussão no CMN e requer uma análise cuidadosa dos potenciais impactos e benefícios antes de ser implementada.