Corte de juros CONFIRMADO em agosto? Copom emite COMUNICADO!

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu para discutir a possibilidade de uma queda dos juros básicos da economia em agosto, dada a continuidade da queda da inflação. Enquanto a maioria dos membros do Copom concordou com essa possibilidade, alguns se mostraram mais cautelosos, enfatizando a necessidade de observar o aumento das expectativas de inflação e acumular mais evidências de desinflação.

O Banco Central destacou que a confirmação quanto à gravidade real da queda da inflação é fundamental para os cortes de juros, uma vez que reduções prematuras podem gerar um novo aumento da inflação e prejudicar a credibilidade da política monetária. O resultado da reunião do Copom enfatizou a importância da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação, das projeções do próprio Banco Central, do hiato do produto e do balanço de riscos para a definição do juro para conter a inflação.

Possível corte em agosto

Segundo as estimativas do mercado, a tendência é que os juros comecem a declinar a partir de agosto, alcançando a marca de 13,50% ao ano. Para o término deste ano, a expectativa é que a Selic apresente uma queda ainda mais expressiva, chegando a 12,25% ao ano.

O recente comunicado emitido pelo Banco Central, após a reunião do Copom, não havia sido sinalizado um início imediato da redução da taxa de juros no começo de agosto. Infelizmente, o documento foi duramente criticado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o avaliou como “muito ruim” e incapaz de “amenizar a situação”.

Metas de Inflação

No âmbito do sistema de metas de inflação, o Banco Central adota uma abordagem proativa para definir a taxa básica de juros e lidar com a escalada dos preços. O olhar do Banco Central está sempre direcionado para o futuro, com os olhos postos na meta para o próximo ano. Isso acontece porque os efeitos das variações na taxa Selic, utilizada como instrumento de controle da inflação, levam de 6 a 18 meses para se materializarem plenamente na economia. Tudo isso faz parte de uma estratégia cautelosa e bem pensada, que busca garantir a estabilidade financeira e o bem-estar da população.

  • De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
  • Os economistas do mercado financeiro reduziram, na semana passada, a estimativa de inflação desde ano, de 5,12% para 5,06% e passaram a projetar uma inflação de 3,98% para 2024.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se mostrado incisivo ao solicitar que o Banco Central dê início ao processo de redução da taxa básica de juros da economia. Lula vem criticando o impacto negativo dos juros elevados sobre o crescimento econômico e a geração de empregos no país. Em uma transmissão pela internet na semana passada, Lula renovou sua pressão pela queda de juros.

“Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]”, afirmou Lula.

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