Ainda dá pra ter a UBER como RENDA EXTRA depois das MUDANÇAS?

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Quer seja uma atividade paralela ou sua atividade principal, dirigir no Uber pode ser uma ótima maneira de ganhar uma renda extra de acordo com sua programação.

Falar sobre o papel dos negócios na sociedade pode ser repetitivo e chato, mas parece que repeti-lo inúmeras vezes não é suficiente. Um exemplo concreto, que conhecemos há anos, mas que ignoramos, é o Uber, a plataforma de transporte que há muitos anos revolucionou a forma como viajamos. Desde a sua criação, a empresa chama a atenção pela falta de regulamentação das relações trabalhistas com os motoristas cadastrados na plataforma.

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Uber (Pixabay/Reprodução)

Uber continua a gerar renda extra? 

A Uber chegou ao Brasil em 2014 e com 1 ano de atuação no mercado, já possuía 6 mil motoristas. Menos de seis meses depois, havia 10 mil em todo o país e, até ao final de 2015, esse número aumentou cinco vezes. Em outras palavras, tornar-se motorista do Uber tornou-se uma saída para o desemprego, bem como uma opção para sustentar um orçamento apertado.

Como motorista do Uber, você é um independente, o que significa que você pode escolher seu próprio horário e trabalhar o quanto quiser. Basicamente, você decide se deseja trabalhar meio período ou se deseja trabalhar em tempo integral. 

Além disso, você pode ser um motorista que busca uma renda extra ou apostar tudo e tornar a plataforma sua principal fonte de renda. Segundo a plataforma, o motorista ganha, em média, R$1.533, trabalhando cerca de 40 horas semanais, porém esse valor pode variar conforme a localidade que atue e do tipo de serviço que oferece (X, Comfort ou Black). 

No geral, ser motorista do Uber pode ser uma ótima maneira de ganhar dinheiro extra. É flexível, você é seu próprio patrão e sempre há demanda por corridas. No entanto, lembre-se que é um negócio. Então, para ter sucesso, você precisa tratá-lo como tal!

Mudanças legais 

Recentemente aconteceram tomadas de decisões importantes que podem afetar cerca de 1,6 milhão de pessoas que trabalham como motoristas e entregadores parceiros da Uber. A decisão foi revelada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região (TRT-2), explicitando que a Uber foi condenada a pagar R$ 1 bilhão em indenização aos seus funcionários, bem como empregar oficialmente todos os motoristas cadastrados no aplicativo. 

Em resposta, a Uber afirmou que recorreria e não tomaria nenhuma ação até que seus todos os recursos se esgotassem. Assim, se a Uber for vitoriosa, a empresa continuará desenvolvendo seu modelo de negócio.

No entanto, caso se perca, a Uber terá de reconhecer o vínculo empregatício de mais de 1 milhão de motoristas, resultado em um gasto estimado em mais de R$ 2,7 bilhões por mês, o que impossibilitaria a continuidade no país. 

O que isso mudaria para os motoristas parceiros?

Como sabemos, hoje a Uber paga os colaboradores a partir de uma remuneração variável, que muda conforme a distância, horário, demanda, entre outros aspectos, e com isso é um pouco difícil precisar o impacto financeiro que aconteceria com as novas regras.

A partir do momento que o trabalhador passa a ter sua carteira assinada, há diversos descontos e contribuições a serem realizados, como INSS, FGTS e férias. É de se esperar que a empresa acabe passando isso para seus colaboradores de alguma forma, como, por exemplo, diminuindo o valor do repasse das corridas feitas. Atualmente, o desconto por corrida varia entre 40% e 60%, o que, para os motoristas, já é muito alto.

Por fim, outro efeito que pode surgir é o aumento no valor da corrida para os usuários, uma vez que, de acordo com especialistas, além dos custos laborais, os custos para as empresas implementarem estas medidas também são muito elevados.

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