O que ACONTECE COMIGO se eu não cumprir o AVISO PRÉVIO?

Aviso prévio é importante para que a empresa e o empregado terminem o contrato de forma legal. Saiba o que acontece para quem não cumpre essa medida.

O aviso prévio é uma garantia prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que tem como objetivo principal dar às partes envolvidas a oportunidade de se prepararem para o término do contrato de trabalho. Ele pode ser dado tanto pelo empregador quanto pelo empregado e, em geral, corresponde a 30 dias. No entanto, em demissões sem justa causa, o empregador pode optar por pagar o salário referente ao período do aviso em vez de exigir que o empregado cumpra o período na empresa.

No Brasil, o aviso prévio é um elemento crucial nas relações trabalhistas, estabelecendo as condições e os prazos para o término do contrato de trabalho entre empregado e empregador. Se um trabalhador não cumprir ele, uma série de consequências pode afetar sua vida profissional e financeira, além de implicar em obrigações legais. Veja a seguir o que pode acontecer com que não cumpre essa medida.

Trabalho (FreePik/Reprodução)

Consequências aviso prévio

Se um trabalhador não cumprir o aviso prévio sem justificativa legal, diversas consequências podem ocorrer. Em primeiro lugar, o empregador tem o direito de descontar os salários correspondentes aos dias não trabalhados. Isso significa que o empregado vai perder parte ou a totalidade dos salários referentes ao período do aviso não cumprido, o que pode ter um impacto significativo em sua renda.

Além disso, o não cumprimento do aviso pode acarretar em problemas futuros para o trabalhador. A empresa pode incluir essa informação em sua carteira de trabalho, o que pode prejudicar a reputação profissional do empregado e dificultar a busca por novas oportunidades de emprego. Empresas costumam valorizar a ética e o cumprimento de acordos trabalhistas, e o descumprimento do aviso prévio pode ser interpretado como uma falta de comprometimento por parte do trabalhador.

Outra consequência importante a considerar é que o não cumprimento desse aviso pode resultar na perda do direito ao saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro-desemprego. Isso pode agravar ainda mais a situação financeira do trabalhador, especialmente se ele não conseguir um novo emprego imediatamente após o término do contrato.

O empregador também pode ingressar com uma ação judicial contra o empregado para buscar indenizações pelos prejuízos causados pelo não cumprimento do aviso antes de sair da empresa. Dependendo das circunstâncias, essas indenizações podem ser significativas, o que pode resultar em uma considerável dívida para o trabalhador.

Justificar a ação

O aviso prévio é uma notificação dada por um empregador ou empregado quando um contrato de trabalho está prestes a ser encerrado. No entanto, em algumas situações, o não cumprimento desse aviso pode ser justificado. Se por acaso um empregado for demitido por justa causa devido a um comportamento inadequado grave, como roubo, violência no local de trabalho ou negligência, o empregador pode optar por não dar aviso prévio.

Em casos em que o empregador não paga o salário ou outros benefícios devidos ao empregado, o funcionário pode ter o direito de não cumprir o aviso prévio, especialmente se isso estiver previsto na legislação trabalhista local. Além disso, se o empregado estiver fisicamente ou mentalmente incapaz de trabalhar devido a uma doença ou lesão grave, o não cumprimento do aviso prévio pode ser justificado. As leis de licença médica podem ser aplicadas.

Quando o empregador e o empregado concordarem mutuamente em encerrar o contrato de trabalho sem aviso prévio, isso é perfeitamente aceitável e legal, desde que ambas as partes concordem com os termos da rescisão. É recomendável tentar resolver qualquer disputa relacionada ao aviso prévio por meio de negociações e acordos amigáveis sempre que possível, para evitar problemas desnecessários.

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