Por que as maquininhas de cartões podem dar adeus ao Brasil

Empresas de maquininhas de cartão no Brasil estão contestando os planos das operadoras de telefonia, como Vivo, TIM e Claro. 

Empresas de maquininhas de cartão no Brasil estão questionando os planos das operadoras de telefonia, como Vivo, TIM e Claro, uma vez que estas operadoras pretendem desativar os sinais de telefonia móvel 2G e 3G, uma medida que afetaria o funcionamento das maquininhas de cartões no país. 

Empresas de maquininhas de cartão no Brasil estão contestando os planos das operadoras de telefonia, como Vivo, TIM e Claro. 
Foto: Cartão (Pxhere /Reprodução)

Sobre o caso das maquininhas 

A iniciativa atualmente se encontra sob análise da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Associação Brasileira de Internet (Abranet), representando as empresas de maquininhas, argumenta que seus dispositivos dependem das conexões 2G e 3G, principalmente em áreas rurais e remotas. 

A associação pede cautela na decisão, alegando que a cobertura das redes de telecomunicações móveis é limitada fora das áreas urbanas. Grande parte do território nacional carece de cobertura planejada de 4G e 5G. A maioria das maquininhas de cartão opera em redes 3G no setor varejista.

Impactos 

A desativação dos sinais 2G e 3G teria impactos positivos para as operadoras, reduzindo custos, mas afetaria as maquininhas. A Anatel iniciou uma consulta pública a pedido da associação Conexis para debater o desligamento das redes 2G e 3G. 

A proposta é promover uma atualização tecnológica para operar nas mesmas faixas de frequência ocupadas pelos sinais 2G e 3G. Embora essas tecnologias tenham sido predominantes no passado, hoje têm menos de 20 milhões de usuários em comparação com os 200 milhões no auge de sua utilização.

Possíveis benefícios 

Por outro lado, a desativação dos sinais 2G e 3G traria benefícios financeiros para as operadoras, uma vez que isso reduziria custos com poucas receitas associadas a essas tecnologias em declínio. Para Carlos Baigorri, o objetivo do debate é criar um “ecossistema saudável”.

Para ele, o sistema atual é considerado muito rigoroso e pouco flexível, respectivamente. A desregulamentação tornaria o processo de regulação mais eficaz e menos formal. Nas palavras de Baigorri: 

O que estamos querendo discutir com as operadoras, fabricantes e todo o ecossistema é como se começa a planejar o desligamento do 2G e 3G para que se possa utilizar melhor o espectro de radiofrequências em tecnologias mais modernas, como 4G e 5G.

2G e 3G estão obsoletos? 

O 2G foi a tecnologia celular mais popular entre 2005 e 2010, com a maioria do uso da rede sendo para mensagens de texto. Com a popularização da internet e das redes sociais, a rede 3G tomou conta do planeta entre 2010 e 2015, com a rapidez da troca de imagens e downloads mais rápido.

No entanto, com uma maior cobertura de sinal e capacidade de baixar vídeos em alta velocidade, o 4G desbancou os anteriores, tornando-se o mais utilizado.  Por fim, o 5G vem crescendo no Brasil, com 10 milhões de assinantes e presença em todas as cidades do país.

Em suma, embora o 2G e 3G tenham desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da comunicação móvel, proporcionando recursos como chamadas de voz, mensagens de texto (SMS) e acesso à internet em dispositivos móveis, elas foram superadas por tecnologias mais avançadas, como o 4G e o 5G.

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