De onde vem o DINHEIRO da CIDADE MAIS RICA DO BRASIL? Quer se MUDAR pra lá?
A cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo aproveita os benefícios dos tributos provenientes da atividade mineradora e direciona recursos para aprimorar sua infraestrutura e oferecer serviços à comunidade.
Dos recursos naturais à força de trabalho dedicada, passando pelas oportunidades econômicas e culturais, cada componente contribui para a formação de um cenário que reflete a essência e o potencial de uma comunidade. Desvendaremos a trajetória de uma cidade que soube transformar suas riquezas em progresso e qualidade de vida para seus habitantes, utilizando o dinheiro como uma ferramenta para impulsionar seu desenvolvimento.
Desvendando a surpreendente riqueza de São Gonçalo do Rio Abaixo
As movimentadas ruas da pitoresca São Gonçalo do Rio Abaixo, situada na Região Central de Minas Gerais, podem parecer apenas uma cena cotidiana de uma cidade pequena com cerca de 12 mil habitantes. No entanto, por trás dessa aparência discreta, encontra-se um fenômeno surpreendente.
Nesse sentido, esta é a cidade mais rica do país em termos de arrecadação per capita. Porém, os cidadãos locais, muitos dos quais não têm plena consciência dessa realidade econômica, experimentam em sua vida diária o impacto da substancial prosperidade financeira.
Portanto, esse fato destoa notavelmente da situação na maioria das cidades em Minas Gerais e no Brasil em geral, até mesmo das capitais urbanas, que enfrentam desafios de arrecadação tributária e limitações de investimento decorrentes do tamanho populacional e das dificuldades enfrentadas.
O poder econômico da cidade em perspectiva
São Gonçalo, de acordo com dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), ostenta o mais alto Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, totalizando R$ 209 mil por habitante. Além disso, lidera em termos de arrecadação de impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Serviços (ISS), com uma arrecadação per capita de R$ 15.617.
Então surge um contraste vívido, exemplificado por municípios vizinhos como Esmeraldas, que está a meros 140 quilômetros de distância. Apesar de sua proximidade geográfica, Esmeraldas ostenta a menor arrecadação per capita do estado, com apenas R$ 9,6 mil por cada um dos seus 86 mil residentes, e enfrenta desafios como desemprego e infraestrutura sanitária deficiente.
Por outro lado, há também casos extremos, como o município de Araioses, no interior do Maranhão. Com a menor arrecadação por habitante no Brasil, com um PIB per capita de R$ 5,9 mil, quase 35 vezes menor do que São Gonçalo do Rio Abaixo, para sustentar uma população de cerca de 39 mil habitantes.
A riqueza abundante dessa cidade encontra sua base principalmente nos royalties provenientes da mina de Brucutu, um dos maiores complexos de extração e beneficiamento de minério de ferro do mundo, explorado pela empresa Vale.
Diversificação econômica e sustentabilidade
Além disso, a arrecadação de ICMS e ISS proveniente das empresas que prestam serviços à mineradora, bem como de outras indústrias que escolhem o município como sede, contribuem para essa prosperidade. Consciente de que o minério é um recurso finito, o atual prefeito de São Gonçalo, José Raimundo Nonato, conhecido como Nozinho, já antecipa a importância de diversificar a economia local.
Enquanto os dividendos continuam a fluir, São Gonçalo parece ser um canteiro de obras incessantes. A lista de licitações no quadro de avisos da prefeitura está repleta de projetos. Logo, Nozinho, o prefeito, demonstra uma visão clara e proativa ao buscar diversificar a economia da cidade, atraindo indústrias geradoras de emprego e investindo em infraestrutura e educação.
Ele ressalta que embora o dinheiro seja um fator importante, não é a única chave para o sucesso. Então, ele destaca o comprometimento e a criatividade que conduzem São Gonçalo a realizar mais do que muitas outras localidades, mesmo aquelas com reservas financeiras significativas.
Com um olhar voltado para o futuro, São Gonçalo do Rio Abaixo empenha-se em não depender exclusivamente do ciclo mineral, assegurando que suas riquezas se traduzam em desenvolvimento sustentável e qualidade de vida duradoura para seus cidadãos.