INFLAÇÃO tem nova QUEDA: será que agora os JUROS caem?

Diminuição vem perdendo força após a pandemia da covid-19, época em que a atividade econômica estava mais baixa

Após um longo período em que os preços estiveram em forte alta, a inflação vem perdendo força no Brasil. Após forte desaceleração, o mês de junho trouxe a primeira deflação no ano. A última deflação foi registrada no ano passado, mas estava relacionada à desoneração dos impostos sobre os combustíveis. Neste ano, mesmo com a reoneração de impostos, os preços vêm sendo reduzidos. Com isso, a inflação mais controlada abre espaço para queda na taxa de juros, entenda o motivo abaixo.

Julho deverá ter nova queda na inflação

Nesta última terça-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) para o mês de julho. Segundo a instituição, a expectativa é que o mês de julho feche com queda de 0,07% no IPCA-15. É o primeiro resultado negativo para o indicar de prévia em nove meses.

Ainda, conforme o IBGE, o resultado de deflação foi fortemente influenciado pela redução dos preços da energia elétrica residencial (-3,45%). No mês de julho, foi incorporado o Bônus de Itaipu nas faturas dos consumidores. Além disso, a redução na queda de preços de botijão de gás (-2,10%) e no grupo de Habitação (-0,94%) ajudaram a puxar o indicar para baixo.

É importante lembrar que o IPCA-15 é uma prévia do IPCA, divulgado nos primeiros dias do mês subsequente. Com isso, pode ser que haja variações no indicador que, inclusive, pode fechar o mês com variação positiva. No entanto, a expectativa é que de fato haja deflação, dado que as condições de mercado vem se mantendo inalteradas desde o cálculo do IPCA-15.

Inflação controlada pressiona queda nos juros

Os recentes dados mostram que cada vez mais a inflação brasileira está controlada. Inclusive, o mercado financeiro reduziu sua previsão do IPCA neste ano de 4,95% para 4,90%. Contudo, embora a previsão tenha sido reduzida, ainda se encontra acima do teto da meta definida pelo Banco Central, que é de 4,75%.

Nesse sentido, o principal mecanismo de controle da inflação utilizado pelo Banco Central é a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente se encontra no patamar de 13,75% ao ano. É o maior nível desde janeiro de 2017, e foi definida pelo Banco Central para controlar os altos índices inflacionários, fruto dos problemas gerados pela pandemia. A taxa de juros atual vem sendo mantida pelo Banco Central desde agosto do ano passado.

Dessa forma, com desaceleração nos índices inflacionários, aumenta a pressão sobre o Banco Central para uma redução na taxa de juros. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic feche o ano em 12%, melhorando o acesso ao crédito e também estimulando um pouco mais a atividade econômica brasileira. Para 2024, a previsão é que a Selic caia para 9,5% ao ano e em 2025 e 2026, atinja 9% e 8,63%, respectivamente.

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