Dólar CAI; Bolsa SOBE: como está a economia? O que o GOVERNO vai fazer?

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Preocupações com os dados de inflação dos EUA e expectativas sobre a decisão do Fed (Federal Reserve), em relação à taxa de juros modem mudar trajetória da principal moeda do mundo.

Preocupados com o aumento da inflação após o aumento das taxas de juros no início de julho, os investidores aguardam sinais do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) sobre seus próximos movimentos, fazendo com que muitos se questionem sobre a trajetória do dólar em 2023.

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Com os sinais de arrefecimento econômico e o enfraquecimento das pressões inflacionárias, os investidores ficam atentos aos indicadores norte-americanos, como o Índice de Atividade Industrial (PMI), a confiança do consumidor dos EUA, o PIB revisado e o Índice de Custos de Emprego, ambos do segundo trimestre. Continue lendo e entenda no que isso interfere no Brasil.

Dólar (FreePik/Reprodução)

Perspectivas para o dólar

Os investidores acreditam que o rumo futuro do dólar está diretamente relacionado à decisão da taxa de juros norte-americana na quarta-feira, 26. Notavelmente, a maioria das apostas do mercado está em um aumento de 0,25%. 

No entanto, alguns analistas sugerem um aumento mais expressivo de 0,5%, apontando para uma consolidação, no curto prazo, sobre uma tendência de enfraquecimento do dólar. Apesar disso, conforme afirmado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, os dados econômicos dos EUA serão decisivos para a direção da política monetária.

Como resultado, é provável que os mercados cambiais permaneçam voláteis durante esse período de transição, à medida que os investidores avaliam os dados recebidos e o Fed decide o futuro da economia americana, bem como sua moeda.

No entanto, dados recentes dos EUA fortalecem o argumento de uma trajetória deflacionária, reduzindo as chances de uma recessão maior, o que pode ser suficiente para a recuperação do dólar nos próximos meses.

Impacto no Brasil

Um aumento acentuado nas taxas de juros dos EUA pode representar uma ameaça significativa para mercados emergentes e economias em desenvolvimento, como o Brasil. Vale ressaltar que grande parte da economia brasileira é baseada no dólar, como os preços das commodities.

Assim, a condição do dólar como moeda de reserva mundial faz dele o mecanismo de referência de preço para a maioria das matérias-primas, como as commodities, afetando seu valor na economia brasileira.

Além disso, a pressão do Fed para combater a inflação reduziu a liquidez do mercado. Em outras palavras, significa que cada vez menos investidores estão dispostos a aplicar seu dinheiro em outras partes do mundo.

Como resultado, para o Brasil, onde cerca de 50% dos investidores presentes na Bolsa de Valores Brasileira (B3) são estrangeiros, ocorre uma saída massiva de capital, fazendo com que a mesma perca valor de mercado.

Aperto monetário brasileiro

Apesar do atual aperto monetário brasileiro, especificamente do Banco Central (BC), comandado por Roberto Campos Neto, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de julho, que será divulgado amanhã (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), deve tornar os rumos para uma possível redução da taxa básica de juros, popularmente conhecida como Selic.

Do ponto de vista da bolsa de valores, muitos investidores esperam taxas de juros mais baixas, especialmente para títulos relacionados ao varejo, papel e celulose, mineração, e bens de capital.

Vale destacar que não é de hoje que o governo vem tomando medidas para diminuição da taxa. Isso porque, com menores custos de juros de empréstimos, as empresas podem aumentar os gastos com menores custos de financiamento e melhorar a eficiência operacional por meio do controle da alavancagem financeira, melhorando a economia brasileira como um todo.

Em suma, já os investidores, que se encontram em um cenário de inflação persistente, turbulência geopolítica e volatilidade cambial, muitos podem sentir que estão navegando em águas desconhecidas, por essa razão, se conectar ao gerenciamento de risco e metas financeiras são as melhores estratégias.

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